Absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em processo que poderia levar à cassação de seu mandato, o senador Sergio Moro (União-PR) comemorou na noite desta terça-feira, 9, o resultado do julgamento. O ex-juiz disse que as ações abertas na Corte foram “retaliação” por sua atuação na Lava Jato e afirmou esperar um freio à “perseguição” sofrida por ele e sua família.
Moro elogiou a decisão do TRE, classificando o julgamento como “técnico e impecável”. “Juízes, desde que independentes e sujeitos apenas à lei, são a garantia da liberdade”, declarou. O placar da votação foi de 5 a 2 a favor do senador.
O ex-juiz afirmou que o tribunal “preservou a soberania popular e honrou os votos de quase 2 milhões de paranaenses” e que sempre teve a consciência tranquila porque seguiu “estritamente as regras” da campanha, registrando todas as despesas.
Moro acusou seus adversários de inflar artificialmente os gastos de sua campanha para fundamentar as ações por abuso de poder econômico. As ações julgadas em conjunto pelo TRE foram abertas a pedido do PL e da federação do PT.
“No fundo, não passa de oportunismo misturado com retaliação contra o combate à corrupção feito na Operação Lava Jato”, disse Moro.
“Há ainda, e eu sei disso, um caminho pela frente, mas espero que a solidez desse julgamento sirva como um freio à perseguição absurda que eu e minha família sofremos desde o início deste mandato”, afirmou o senador — o caso deve ser levado ao Tribunal Superior Eleitoral. “As mentiras, as acusações fantasiosas, as ameaças, até mesmo do crime organizado, não vão nos dobrar.”
Moro finalizou afirmando que “não há inimigos em uma democracia, apenas adversários” e que “os divergentes, em uma sociedade livre, precisam ser convencidos, e não eliminados”.
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